Analistas do setor elétrico afirmam que o governo federal está planejando reajustar em 50% o valor das bandeiras tarifárias. Esse aumento tem o objetivo de resolver definitivamente os problemas financeiros das distribuidoras de energia, cobrindo os gastos adicionais gerados pela compra de energia em termoelétricas.
Esse reajuste vem na tentativa de se precaver contra a necessidade de se realizar empréstimos, como os de R$17,8 bi feitos em 2014. Especula-se que a taxa extra para a bandeira vermelha suba dos atuais R$ 30 por MWh para R$ 45 por MWh.
Além disso, haverá uma diminuição do auxílio prestado pelo Tesouro Nacional ao setor, o que pode implicar mais aumentos nas contas de energia, especialmente no Centro-Oeste, no Sudeste e no Sul do País. Essas regiões devem ter reajustes de cerca de 20% para cobrir o aumento do custo de produção em Itaipu. Nessas regiões será necessário arrecadar R$ 59,09 por MWh. O reajuste previsto para as Regiões Norte e Nordeste é de 3,89%.
Outro dos grandes motivos para o aumento na conta de energia são os custos com o orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) – que são divididos nacionalmente. A CDE tem despesas calculadas para 2015 na faixa dos R$26 bilhões, ao passo que sua receita soma apenas R$ 2,75 bi. Os R$ 23,25 bilhões faltantes serão pagos com aumentos na conta de energia.
A receita da CDE é composta principalmente por multas, pagamentos de financiamentos, dívidas parceladas por empresas e cobranças sobre Uso de Bem Público (UBP). Parte da receita virá da devolução do empréstimo do Tesouro. A ANEEL pretende que esses custos já sejam repassados a partir de fevereiro e durem até o final do ano, sendo que em fevereiro será cobrada também uma parcela de janeiro.
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