É verdade que o termo “inflação” aciona um alerta nada positivo em toda população. Afinal, o país ainda carrega as memórias em que as décadas de 80, 90 e o início dos anos 2000 trouxeram em torno de hiperinflações que originaram grande parte dos planos econômicos e políticas monetárias do país. E é por isso que é tão importante entender seu conceito, localizando os desafios e oportunidades dos dias atuais.
Embora seja um termo econômico complexo, podemos explicar a inflação de uma forma bem simples:
Com a inflação acumulada em 4,24% até agosto de 2024 e a previsão de encerrar o ano dentro da meta de 4,3%, o aumento nos preços atinge vários setores, especialmente energia elétrica.
A má notícia é que o custo elevado da energia afeta diretamente a rentabilidade das empresas, obrigando ajustes nos orçamentos e operações.
A inflação alta pressiona o aumento de preços em todas as frentes — matérias-primas, aluguel, transporte e, de forma acentuada, a conta de energia elétrica. Para pequenas empresas, que têm margens de lucro menores e menos flexibilidade financeira, esses custos extras podem ser difíceis de absorver.
Enquanto grandes empresas conseguem repassar parte dos custos aos clientes ou renegociar contratos de fornecimento, os pequenos negócios muitas vezes não têm essa vantagem competitiva. Eles enfrentam maior resistência dos consumidores em aceitar aumentos nos preços de seus produtos e serviços, o que restringe ainda mais suas operações.
A energia talvez seja um dos maiores vilões para empresários. Isso porque o aumento do custo da energia elétrica tem uma relação direta com o uso de usinas termelétricas, acionadas durante crises hídricas, quando o nível dos reservatórios está baixo. Isso força o acionamento das bandeiras tarifárias, encarecendo ainda mais a energia.
Como as bandeiras tarifárias afetam seu negócio?
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel para ajustar o preço da energia de acordo com as condições de geração. Em outubro de 2024, por exemplo, estamos sob a bandeira vermelha – patamar 1, com um acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. Veja um caso prático de valores detalhado aqui.
Estratégias para mitigar o impacto
Com o aumento da energia, empresários devem buscar formas de reduzir o consumo ou otimizar o uso da energia elétrica em suas operações.
Por que os pequenos/médios negócios são os mais afetados?
Para os pequenos empresários, a alta nos custos de energia elétrica, agravada pela inflação, representa um desafio. Diferente de grandes corporações, que têm maior poder de negociação e capacidade de repassar custos, os pequenos negócios enfrentam maior resistência dos consumidores. Em setores como varejo, serviços e pequenas indústrias, onde a concorrência é acirrada, qualquer aumento no preço final pode resultar na perda de clientes.
Além disso, os pequenos negócios têm mais dificuldade de acessar crédito barato, tornando ainda mais complicada a adaptação ao aumento de custos. A inflação corrói o poder de compra dos consumidores e diminui a margem de manobra dos empreendedores para lidar com as flutuações econômicas.
Por isso, a alta na inflação, somada ao aumento das tarifas de energia elétrica, cria um cenário desafiador para quem administra pequenos/médios negócios. Com custos operacionais em alta e a dificuldade de repassar esses aumentos ao consumidor final, muitos empresários precisam adotar medidas rápidas e eficientes para controlar o uso de energia e proteger suas margens de lucro.
Portanto, entender o impacto das bandeiras tarifárias e buscar alternativas de consumo mais eficientes, como a economia sem investimento, são passos produtivos para garantir a sustentabilidade financeira em um cenário de inflação elevada.
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