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Alta na inflação: o aumento da energia elétrica afeta meu negócio?

Preço de energia

É verdade que o termo “inflação” aciona um alerta nada positivo em toda população. Afinal, o país ainda carrega as memórias em que as décadas de 80, 90 e o início dos anos 2000 trouxeram em torno de hiperinflações que originaram grande parte dos planos econômicos e políticas monetárias do país. E é por isso que é tão importante entender seu conceito, localizando os desafios e oportunidades dos dias atuais.

Embora seja um termo econômico complexo, podemos explicar a inflação de uma forma bem simples:

  • Quando a inflação está alta, as pessoas precisam gastar mais dinheiro para comprar os mesmos produtos e serviços de antes. Isso significa que o poder de compra do dinheiro diminui, ou seja, o dinheiro passa a valer menos. No Brasil, ela é medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

E o que determina a inflação?

  • A inflação pode ser causada por vários fatores, como aumento nos custos de produção (energia, matérias-primas), alta demanda de consumo ou crises econômicas, afetando a economia como um todo.

Com a inflação acumulada em 4,24% até agosto de 2024 e a previsão de encerrar o ano dentro da meta de 4,3%, o aumento nos preços atinge vários setores, especialmente energia elétrica.

A má notícia é que o custo elevado da energia afeta diretamente a rentabilidade das empresas, obrigando ajustes nos orçamentos e operações.

Impacto da inflação no seu negócio: quais alternativas para minimizar?

A inflação alta pressiona o aumento de preços em todas as frentes — matérias-primas, aluguel, transporte e, de forma acentuada, a conta de energia elétrica. Para pequenas empresas, que têm margens de lucro menores e menos flexibilidade financeira, esses custos extras podem ser difíceis de absorver.

Enquanto grandes empresas conseguem repassar parte dos custos aos clientes ou renegociar contratos de fornecimento, os pequenos negócios muitas vezes não têm essa vantagem competitiva. Eles enfrentam maior resistência dos consumidores em aceitar aumentos nos preços de seus produtos e serviços, o que restringe ainda mais suas operações.

  • Os dados mais recentes mostram que os itens com maior impacto na inflação em 2024 foram a gasolina, o transporte e a energia elétrica​. Saiba mais.

A energia elétrica nas empresas

A energia talvez seja um dos maiores vilões para empresários. Isso porque o aumento do custo da energia elétrica tem uma relação direta com o uso de usinas termelétricas, acionadas durante crises hídricas, quando o nível dos reservatórios está baixo. Isso força o acionamento das bandeiras tarifárias, encarecendo ainda mais a energia.

Como as bandeiras tarifárias afetam seu negócio?

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel para ajustar o preço da energia de acordo com as condições de geração. Em outubro de 2024, por exemplo, estamos sob a bandeira vermelha – patamar 1, com um acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos​. Veja um caso prático de valores detalhado aqui.

Estratégias para mitigar o impacto

Com o aumento da energia, empresários devem buscar formas de reduzir o consumo ou otimizar o uso da energia elétrica em suas operações.

  1. Monitorar o consumo: Revisar o consumo de energia e identificar áreas onde é possível reduzir o uso, como desligar equipamentos ociosos ou ajustar a iluminação.
  2. Investir em eficiência energética: Considerar soluções como lâmpadas de LED, sistemas de automação e manutenção preventiva de equipamentos.
  3. Adotar alternativas de economia sem investimentoÉ possível chegar a uma economia de até 20% sem custos com instalação ou manutenção. Ao adotar modelos de “Energia por assinatura”, a empresa consegue economizar a partir dos benefícios da geração distribuída em modelos de digitais e facilitados. Clique aqui e conheça.
  4. Considerar o Mercado Livre de Energia: No mercado livre, é possível negociar contratos diretamente com fornecedores e evitar a dependência das tarifas reguladas. Para empresas que cumprem os requisitos e passam a operar no ACL, pode haver uma redução de até 40% dos custos com energia.

Por que os pequenos/médios negócios são os mais afetados?

Para os pequenos empresários, a alta nos custos de energia elétrica, agravada pela inflação, representa um desafio. Diferente de grandes corporações, que têm maior poder de negociação e capacidade de repassar custos, os pequenos negócios enfrentam maior resistência dos consumidores. Em setores como varejo, serviços e pequenas indústrias, onde a concorrência é acirrada, qualquer aumento no preço final pode resultar na perda de clientes.

Além disso, os pequenos negócios têm mais dificuldade de acessar crédito barato, tornando ainda mais complicada a adaptação ao aumento de custos. A inflação corrói o poder de compra dos consumidores e diminui a margem de manobra dos empreendedores para lidar com as flutuações econômicas.

Por isso, a alta na inflação, somada ao aumento das tarifas de energia elétrica, cria um cenário desafiador para quem administra pequenos/médios negócios. Com custos operacionais em alta e a dificuldade de repassar esses aumentos ao consumidor final, muitos empresários precisam adotar medidas rápidas e eficientes para controlar o uso de energia e proteger suas margens de lucro.

Portanto, entender o impacto das bandeiras tarifárias e buscar alternativas de consumo mais eficientes, como a economia sem investimento, são passos produtivos para garantir a sustentabilidade financeira em um cenário de inflação elevada.

 

 

 

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