Os grandes aumentos nas tarifas de energia em 2015 – que superaram 50% de aumento em Minas Gerais e em São Paulo – estão acelerando a migração de consumidores industriais e comerciais do Mercado Cativo para o Mercado Livre de Energia de Energia, em busca de preços mais baixos. A Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) afirma que cerca de 700 empresas estão em processo de migração, o que equivale a um aumento de 40% no total de consumidores no ambiente livre. Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), há sinalização de 329 processos para a adesão de consumidores livres e especiais em vista, sendo que 266 desses estão previstos para serem efetuados até março de 2016.
De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), em 2014, o consumo de energia elétrica pelos participantes do Mercado Livre de Energia de Energia totalizou 119,5 mil gigawatts-hora (GWh), cerca de 25% do mercado total de energia no Brasil. Conforme a Abraceel, existem aproximadamente 14 mil consumidores em condições legais de migrarem para o ambiente livre, o que pode elevar a participação desse mercado para 46%. Segundo cálculos das comercializadoras de energia, a diferença de preços do Mercado Livre de Energia de Energia para o Mercado Cativo é de pelo menos 15%, variando entre os setores de consumo e podendo chegar a mais de 20%. Além disso, outro benefício do Mercado Livre de Energia de Energia está na previsibilidade do custo mensal de energia.
Outro estímulo à migração foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Trata-se de um novo regulamento da autarquia que desobriga os novos consumidores de adquirir um medidor específico para esse fim, gerando uma economia de cerca de R$ 30 mil.
Graças ao realismo tarifário aplicado em 2015, tivemos o reajuste extraordinário e a aplicação das bandeiras tarifárias. Com isso, as empresas começaram a sentir o impacto do aumento do custo da energia.
Essa migração ainda será um movimento de longo prazo. As tarifas no cativo deverão permanecer elevadas, e o Mercado Livre de Energia de Energia deve oferecer soluções mais atrativas e, com isso, expandir a migração. Os preços variam de acordo com as distribuidoras e o perfil do consumidor, mas ficam na ordem de 15% a 20% mais baratos no Mercado Livre de Energia de Energia.
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