A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária vermelha será aplicada em outubro. Embora os consumidores de energia saibam que o acionamento de tarifas tem relação com o custo da conta de luz, neste conteúdo você vai entender:
A bandeira vermelha indica que as condições para geração de energia estão mais caras, geralmente por conta do uso maior de termelétricas, que são acionadas quando os níveis dos reservatórios das hidrelétricas estão baixos. Na prática, isso adiciona um custo extra à sua conta de energia. Com mudança, conta de luz em outubro terá cobrança adicional de R$ 7,87 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.
No Brasil, o custo da energia elétrica que pagamos nas contas é composto por diferentes elementos, sendo os principais:
Esse custo varia ao longo do tempo, principalmente dependendo das condições de geração de energia. Por isso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) criou o Sistema de Bandeiras Tarifárias, que ajusta o valor conforme as condições de geração de energia no país.
As bandeiras tarifárias refletem as condições de produção de energia e ajudam a dar previsibilidade ao consumidor sobre o aumento dos custos. Na prática, funcionam como um “sinal” para o consumidor de que o custo da energia subiu ou está mais controlado. Existem três principais bandeiras:
Vamos imaginar uma empresa de médio porte que consome cerca de 20.000 kWh por mês. Em condições normais, sem bandeira tarifária, o custo da energia é R$ 0,60 por kWh, totalizando R$ 12.000 no mês. No entanto, com a bandeira vermelha, esse valor pode subir significativamente.
Supondo um acréscimo de R$ 4,46 por 100 kWh devido à bandeira vermelha (Patamar 1), a conta dessa empresa passaria de R$ 12.000 para cerca de R$ 12.892. Se for o Patamar 2, o acréscimo seria de R$ 7,87 por 100 kWh, elevando a conta para aproximadamente R$ 13.574.
Esse aumento pode não parecer tão grande à primeira vista, mas ao longo de vários meses, o impacto no orçamento da empresa é significativo, comprometendo margens de lucro ou obrigando cortes em outras áreas.
Depois de entender mais sobre o aumento dos custos com o acionamento da bandeira vermelha, a busca por alternativas de economia é inevitável. Mas, o que pode ser feito para minimizar esses efeitos?
Até o momento, o Brasil teve algumas variações nas bandeiras tarifárias ao longo do ano. Nos primeiros meses, as bandeiras foram principalmente verdes, graças às boas condições de geração hidrelétrica. Entretanto, com a aproximação do segundo semestre, as condições climáticas começaram a mudar, e foi acionada a bandeira amarela em alguns meses.
Agora, com o anúncio da bandeira vermelha para outubro, estamos vendo um cenário mais desafiador para a geração de energia, possivelmente devido à seca ou à maior dependência de usinas termelétricas, que têm um custo operacional mais elevado.
Esta não é a primeira vez que a bandeira vermelha é acionada em 2024, mas é um indicativo de que as condições de geração estão mais pressionadas no momento, especialmente com a aproximação do verão, que costuma ter consumo elevado de energia.
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