Segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) o Brasil ultrapassou a marca histórica de 1 GW em projetos de fonte solar fotovoltaica conectados na matriz elétrica nacional. A potência é suficiente para abastecer 500 mil residências do País.
De acordo com a Absolar, apenas 30 países do mundo possuem mais de 1 GW da fonte solar fotovoltaica. Esse primeiro gigawatt solar fotovoltaico é resultado do forte crescimento dos mercados de geração centralizada e geração distribuída solar fotovoltaica no ano de 2017.
“Na geração centralizada, contamos com a inauguração de grandes usinas solares fotovoltaicas contratadas pelo governo federal em leilões de energia elétrica realizados em 2014 e 2015”, afirma o presidente executivo da entidade, Rodrigo Sauaia. Segundo ele, as usinas em funcionamento estão localizadas principalmente nos Estados da Bahia, Piauí, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Pernambuco e representam uma potência total de 0,935 GW.
“Na geração distribuída, registramos forte crescimento no uso de sistemas fotovoltaicos pela população, empresas e governos, em residências, comércios, indústrias, prédios públicos e na zona rural, em todas as regiões do Brasil, resultando em uma potência total de 0,164 GW”, explica Sauaia. “Somando esses dois segmentos do mercado, atingimos praticamente 1,1 GW operacionais no P desde o início de 2018, em linha com as projeções da Absolar anunciadas em janeiro de 2017”, comemora Sauaia.
“Celebramos com otimismo este passo histórico para a fonte solar fotovoltaica no Brasil, com a certeza de que teremos um forte crescimento do setor nos próximos anos e décadas. O Brasil possui um recurso solar imenso e há um interesse cada vez maior da população, das empresas e também de gestores públicos em aproveitar seus telhados, fachadas e estacionamentos para gerar energia renovável localmente, economizando dinheiro e contribuindo na prática para a construção de um país mais sustentável e com mais empregos renováveis locais e de qualidade”, comenta Sauaia.
Sauaia destaca que apesar do avanço, o Brasil ainda continua abaixo do seu potencial. “O País está mais de 15 anos atrasado no uso da energia solar fotovoltaica. Temos condições de ficar entre os principais países do mundo neste mercado, assim como já somos em energia hidrelétrica, biomassa e eólica. Para isso, precisamos de um programa nacional estruturado para acelerar o desenvolvimento da energia solar fotovoltaica. Esta oportunidade precisa entrar na pauta dos governos, políticos e candidatos, especialmente em um ano de eleições como o de 2018”, conclui.
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