Os últimos meses trouxeram complicações para inúmeras famílias no País desde a chegada do corona vírus. O resultado do estudo realizado pelo Idec em parceria com a ONG de Defesa do Consumidor demonstrou situações problemáticas, como ruídos na comunicação das concessionárias, erros das distribuidoras, aumento no consumo residencial e cobrança das tarifas pela média.
O diretor de Relações Institucionais do Idec, Igor Britto, explanou sobre a intenção de notificar órgãos como os Procons, o Ministério Público Federal e a Aneel para que tomem as decisões necessárias sobre as falhas na comunicação com os consumidores, fornecendo explicações e penalidades para as empresas, se necessário.
A pesquisa, que aconteceu entre 21 de setembro de 23 de outubro, teve um total de 594 respostas válidas feitas por meio de formulário. A divulgação aconteceu através de veículos de imprensa locais e das redes sociais do Idec. Nas respostas, 93% indicaram perceber um grande aumento nas contas de luz e 92% acharam que o aumento não foi condizente com o consumo, ambos durante a pandemia.
Outro número em destaque diz respeito à dificuldade enfrentada no pagamento da conta. A maior parte dos participantes (335) conseguiu efetivar o pagamento comprometendo o orçamento, enquanto grande parte (157) não conseguiu pagá-la.
A partir da retomada da leitura presencial dos medidores foi possível constatar a diferença entre o valor cobrado e o valor efetivamente consumido durante a intensificação do isolamento social.
Na maior parte do Brasil, a cobrança foi resultado da média do consumo dos últimos 12 meses, acarretando uma cobrança única da diferença e aumento principalmente entre julho e agosto, de acordo com o Instituto.
Um importante fator nesse processo é que ao menos metade dos consumidores tentou entrar em contato principalmente com as distribuidoras CPFL Energia (20), Enel Distribuição São Paulo (130) e Light (16) quando percebeu o aumento. Porém, o atendimento foi insatisfatório.
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