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Energia Livre

Mercado de Energia

Na busca por melhores preços e um aumento da previsibilidade nos negócios, pequenas e médias empresas – como indústrias, shopping centers, hospitais e universidades – estão migrando para o chamado Mercado Livre de Energia de Energia.

Segundo a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel), cerca de 700 consumidores industriais e comerciais estão migrando para o Mercado Livre de Energia de Energia, e isso implica um aumento de quase 40% na base de clientes que já atuam nesse segmento.

O ambiente livre é responsável hoje pelo consumo de cerca de 25% da energia no Brasil, e nele é possível negociar diretamente o preço do kW/h com os fornecedores, que já somam mais de mil empresas no País.

Esse mercado ainda não é aberto a clientes residenciais ou a pequenos comerciantes. Para ter acesso a ele é necessário consumir ao menos 500 kW, o que faz dessa empresa um consumidor especial. Pelos cálculos da Abraceel, hoje cerca de 14 mil consumidores preenchem os requisitos para migrar para esse mercado.

O principal motivo da recente revoada são os preços mais baixos. Com a esticada de mais de 50% nas tarifas de energia elétrica neste ano, por conta do desrepresamento dos preços, muitos consumidores têm visto o Mercado Livre de Energia de Energia como opção de redução de custos e de melhora da previsibilidade orçamentária, uma vez que a maior parte dos contratos negociados (58%) tem prazo igual ou superior a quatro anos.

As cotações dos contratos de quatro anos estão 22% mais baratas do que os preços vigentes no mesmo período de 2014, indo na direção inversa das tarifas das distribuidoras, que não param de subir.

Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), lembra que a redução da burocracia também estimulou esse movimento. Uma resolução da ANEEL, que entra em vigor em fevereiro, desobriga as empresas novas no Mercado Livre de Energia de Energia de comprar medidor especial, cujo preço pode chegar a R$ 30 mil.

Para realizar a migração, explica Altieri, é necessário que a empresa preencha os requisitos, cheque as questões contratuais com a distribuidora que a abastece e avise com antecedência a saída do mercado regulado. O processo de registro no cadastro obrigatório na CCEE dura aproximadamente dois meses. Atualmente existem aproximadamente 330 processos de adesão de consumidores livres e especiais em andamento.

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