A eleição de Jair Bolsonaro (PSL) trouxe para especialistas do setor elétrico a expectativa de que o governo federal prossiga com os temas da CP33 e garanta a inserção de novas tecnologias para o setor, com foco na Geração Distribuída. O novo governo também deve prosseguir com as privatizações, em especial a da Eletrobras, tema já tocado pelo governo Temer.
O setor ainda precisa encontrar soluções adequadas para questões que já foram resolvidas em outras partes do globo, como GD, preço-horário e oferta de preço. Alguns especialistas também defendem que a volta da discussão na Câmara dos Deputados da Lei das Agências Reguladoras também seria adequada, assim como a continuidade dos trabalhos da CP 33.
O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Nivalde de Castro, ressaltou que, de acordo com declarações de pessoas próximas a Bolsonaro, o novo governo deve explorar usinas com reservatório na Amazônia. Para o professor, isso indica que a fonte hídrica deve ser prioridade para o governo. A expectativa do GESEL para o próximo governo é positiva, já que cargos em órgãos importantes, como ONS, CCEE e Aneel, têm mandatos – o que inviabiliza mudanças bruscas. Ele acredita que a privatização da Eletrobras estará na pauta do governo Bolsonaro.
Parte do setor também espera que, a partir de 2019, sejam tratadas com mais urgência a judicialização do setor e a expansão do Mercado Livre de Energia de Energia, além da continuidade do aprimoramento da governança do setor pelo Ministério de Minas e Energia. Um dos nomes apoiados pelo setor para o Ministério é Fernando Coelho Filho, que já cumpriu uma gestão efetiva, com equipe técnica arregimentada. Outro nome possível é o de Luciano de Castro, que elaborou o programa de energia de Jair Bolsonaro.
Voltar às Notícias
Compartilhe