A hora de colocar a energia como pilar do desenvolvimento socioeconômico no Brasil é agora.
Basta olharmos à volta para perceber os inúmeros benefícios que a energia traz. Nosso cotidiano é repleto de atividades que necessitam desse recurso e, a cada dia que passa, viver sem ele parece um desafio impossível de vencer.
É explícito que a eletricidade altera a forma como as pessoas vivem, trabalham e se comunicam. Com isso, entendemos que a energia elétrica também é um importante fator econômico, ajudando o Brasil a se desenvolver.
Sabemos que grande parte da matriz energética brasileira advém de fontes renováveis. O Brasil se destaca na produção de energia limpa entre os países do Brics. Entretanto, isso não exclui a necessidade de mudanças em relação ao uso mais eficiente desse insumo indispensável.
Neste contexto, exploraremos a relação entre energia e desenvolvimento, destacando a importância da eficiência energética nesse cenário, tendências, desafios e possíveis soluções.
Portanto, neste conteúdo, você encontrará:
A energia é um dos principais motores do desenvolvimento econômico e social. Sem acesso à ela, as atividades produtivas, educacionais, de saúde e de comunicação são severamente prejudicadas. Afinal, independentemente do tipo, somos movidos por energia.
Precisamos desse recurso para funcionar em diversas áreas, como trabalho, agricultura, indústria, comércio e lazer. Essa energia pode vir de fontes como eletricidade, petróleo, gás natural, biocombustíveis e outras.
É importante garantir que as pessoas tenham energia suficiente para melhorar suas vidas e promover um desenvolvimento equilibrado e sustentável. Isso é algo defendido por Anildo Bristot, mestre em Planejamento Energético Ambiental:
A transição energética representa um conjunto crucial de políticas, que não apenas moldam o setor energético, mas também impulsionam o desenvolvimento. Entre seus principais desafios, destaca-se a necessidade de conciliar:
Apesar dos avanços tecnológicos, bilhões de pessoas em todo o mundo ainda carecem de acesso confiável à energia. Questões como infraestrutura inadequada, pobreza energética e disparidades socioeconômicas representam obstáculos significativos para o desenvolvimento inclusivo. Superar esses desafios requer políticas públicas eficazes, investimentos em infraestrutura e colaboração internacional.
Nosso país tem avançado significativamente em relação ao acesso à energia elétrica, e já atingimos 99,8% de cobertura da população, segundo o IBGE. Entretanto, ainda enfrentamos um desafio: a pobreza energética.
Esse conceito não se resume apenas a ter eletricidade em casa. Ele também está relacionado a questões sociais e econômicas que afetam muitos brasileiros. Isso inclui a qualidade da energia, os altos custos e as moradias inadequadas para acesso à rede elétrica.
Uma breve análise sobre as camadas sociais do nosso país, revela que as favelas estão entre as regiões mais impactadas pela pobreza energética. Essa parcela da sociedade sofre constantemente com longas interrupções de energia elétrica.
A situação social e econômica é grave. Segundo a Abrace, os consumidores brasileiros têm o maior custo de energia elétrica entre os 34 países da OCDE.
Ainda segundo uma pesquisa realizada pela Abraceel, para 67% dos brasileiros a conta de luz é um dos maiores gastos mensais da família. Isso tudo não só reflete o alto custo da energia, como realça uma série de problemas socioeconômicos que intensificam a pobreza energética.
O desenvolvimento econômico não pode acontecer às custas da população e do meio ambiente. A busca por implementação de fontes de energia limpas e renováveis para impulsionar o crescimento sem comprometer os recursos naturais é urgente.
A Organização das Nações Unidas (ONU) e seus colaboradores no Brasil estão empenhados em alcançar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Essas metas visam solucionar os principais desafios de desenvolvimento enfrentados pelas pessoas no Brasil e em todo o mundo. Adivinhe o que está presente entre os 10 primeiros objetivos? A energia!
Tecnologias como a energia solar, eólica, hidrelétrica e biomassa têm ganhado destaque como alternativas sustentáveis para atender às demandas energéticas globais.
Sabemos que toda e qualquer atividade humana gera impactos ambientais, sociais e econômicos, portanto quando falamos em recurso energético, não é diferente. Independentemente da fonte que escolhermos, utilizaremos recurso natural, o que gera impactos ao meio ambiente – ainda que mínimos.
Na queima de combustíveis, como o carvão mineral e os derivados de petróleo, sofremos com a poluição do ar. Nesse caso, o que podemos fazer para diminuir o impacto? A solução é substituir por gás natural e/ou biocombustíveis, como o etanol e biodiesel. Mas sabemos que eles também requerem o uso de grandes áreas agrícolas.
Então, o que podemos fazer para diminuir os impactos, enquanto caminhamos em direção a um desenvolvimento responsável e sustentável? A resposta para essa questão não é simples e talvez não exista uma específica. Mas podemos partir de algumas premissas:
Evidentemente, superar esses desafios requer políticas públicas eficazes e investimentos em infraestrutura. Mas o setor elétrico já está passando por transformações significativas impulsionadas pela inovação tecnológica e pela conscientização ambiental.
A ascensão das redes inteligentes, armazenamento de energia avançado, veículos elétricos e energia descentralizada estão moldando o futuro da energia. Essas tendências prometem um sistema energético mais eficiente, resiliente e sustentável.
Inclusive, o destaque das possíveis soluções para essas questões fica a cargo da eficiência energética.
O conceito de eficiência energética refere-se à otimização da energia, evitando desperdícios, sem comprometer a qualidade. Em outras palavras, é a prática de usar menos energia para realizar os mesmos processos, mantendo o nível de praticidade.
Ela pode ser alcançada com mudanças nos processos, gestão de recursos, uso de tecnologias avançadas e hábitos conscientes. Essas práticas são importantes para reduzir o consumo de energia, preservação do meio ambiente e melhoria da qualidade de vida da população.
Segundo Carlos Alexandre Pires, do Ministério do Meio Ambiente, é importante que nossa indústria seja eficiente e competitiva internacionalmente. Não deve se limitar apenas ao mercado interno ou de consumo no Brasil.
É evidente que eficiência energética é mais do que redução de custos. É desenvolvimento, produtividade, bem-estar, segurança e sustentabilidade.
A energia mais barata no Brasil é a energia renovável, representando 92% da geração elétrica total. Cerca de metade da energia consumida vem de contratos descentralizados, como a Geração Distribuída ou o Ambiente de Contratação Livre.
Entretanto, por que apenas os mais privilegiados têm acesso a essa alternativa? Em comparação com outros países, a liberdade do consumidor brasileiro é limitada, com apenas 46 países oferecendo mais opções. Em 36 desses países, o Mercado Livre de Energia já é uma realidade acessível a todos os consumidores.
Assista ao vídeo e descubra como o Mercado Livre de Energia está transformando o cenário energético brasileiro e o que esperar ao longo de 2024:
Abertura do Mercado Livre de Energia: Tudo o que Você Precisa Saber em 2024 [Guia Completo]
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