Quando o calor chega com tudo, a conta de luz costuma subir junto. E não é por acaso: com temperaturas mais altas, ventiladores, geladeiras e, principalmente, ar-condicionado trabalham dobrado. O resultado? Um consumo elétrico maior e, muitas vezes, um susto no fim do mês.
No Brasil, o verão já se tornou sinônimo de picos de demanda, pressionando o sistema elétrico e, em alguns casos, acionando as temidas bandeiras tarifárias. Mas por que isso acontece? E como se preparar para evitar surpresas na fatura? Vamos explicar tudo por aqui.
Se você acha que o verão está cada vez mais insuportável, não é só impressão – os termômetros estão aí para provar. Nos últimos anos, o Brasil tem batido recordes de calor, e 2023 foi oficialmente o ano mais quente da nossa história.
Em algumas cidades, a sensação térmica passou dos 50°C, ou seja, praticamente um abraço do sol. E sabe o que acontece quando o calor aperta? Todo mundo liga o ar-condicionado no máximo, a geladeira trabalha dobrado e a conta de luz dispara.
Atualmente, estamos enfrentando um dos períodos mais críticos em relação ao aquecimento global. Em 2023, por exemplo, a média anual de temperatura no país foi de 24,92°C, ou seja, 0,69°C acima da média histórica de 1991 a 2020, que é de 24,23°C, de acordo com o Inmet.
Além disso, em fevereiro de 2025, a cidade de Quaraí, no Rio Grande do Sul, registrou impressionantes 43,8°C, com sensação térmica ultrapassando os 50°C, levando à suspensão das aulas devido ao calor extremo.
Com as temperaturas só subindo, essa combinação explosiva entre calor e consumo de energia tende a ficar cada vez mais crítica. Assim, três fatores principais somados a questões climáticas e culturais tornam-se centrais para compreendermos essa relação entre o verão e o aumento da conta de luz:
Maior uso de aparelhos de refrigeração – Ar-condicionado, ventiladores e geladeiras trabalham mais para compensar o calor, elevando a demanda por eletricidade.
Picos de demanda no horário comercial e residencial – Empresas e residências utilizam mais energia ao longo do dia, o que pode sobrecarregar o sistema elétrico.
Impactos no sistema de geração de energia – Com a maior demanda, usinas termelétricas (mais caras) podem ser acionadas para garantir o fornecimento, aumentando o custo da energia. Além disso, períodos de seca em algumas regiões reduzem a capacidade das hidrelétricas, pressionando ainda mais os preços.
Para os consumidores, isso significa contas de luz mais altas e, dependendo do nível dos reservatórios, acionamento de bandeiras tarifárias, como a vermelha, que encarece ainda mais a energia. Empresas que dependem muito do consumo elétrico podem sofrer impactos financeiros diretos.
Imagine que uma empresa consome, em média, 10.000 kWh/mês.
☀️ Cenário 1: bandeira verde
Se a tarifa da distribuidora for R$ 0,80/kWh, o custo mensal da energia seria:
10.000 kWh × R$ 0,80 = R$ 8.000,00
☀️Cenário 2: bandeira vermelha – patamar 1 (+R$ 3,00 a cada 100 kWh)
Acréscimo: 10.000 ÷ 100 × R$ 3,00 = R$ 300,00
Custo total: R$ 8.300,00
☀️Cenário 3: bandeira vermelha – patamar 2 (+R$ 6,00 a cada 100 kWh)
Acréscimo: 10.000 ÷ 100 × R$ 6,00 = R$ 600,00
Custo total: R$ 8.600,00
Ou seja, no pior cenário, a conta da empresa sobe R$ 600/mês, um aumento de 7,5%💰. Se a empresa tem margens apertadas, esse custo extra pode impactar o orçamento.
Se você quer se aprofundar mais sobre o assunto das bandeiras tarifárias, confira este texto aqui.
Uma das soluções mais eficientes e acessíveis é a energia por assinatura. Com esse modelo, sua empresa pode garantir um desconto na conta de luz sem precisar investir em placas solares ou se preocupar com manutenção.
Funciona assim: a energia é gerada por fontes renováveis, como usinas solares e de biomassa, e injetada na rede elétrica. Em troca, sua empresa recebe créditos de energia, que resultam em uma redução direta na fatura da distribuidora. A economia pode chegar até 20%.
Veja o quando sua empresa pode economizar aqui.
Outra alternativa eficiente para empresas reduzirem custos com energia no verão é a migração para o Mercado Livre de Energia (MLE). Se sua empresa tem faturas a partir de R$ 10 mil por mês e opera em média ou alta tensão, já pode sair do ambiente regulado e negociar a compra de energia diretamente com fornecedores.
No MLE, os consumidores têm acesso a preços mais competitivos, possibilidade de escolher fontes renováveis e maior previsibilidade de gastos, sem depender das oscilações das bandeiras tarifárias. Essa flexibilidade permite economias significativas na conta de luz, garantindo mais eficiência e competitividade para o seu negócio.
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