Com 55% de participação, a fonte hídrica é predominante na matriz energética brasileira, colaborando para que ela seja, em sua maior parte, composta por fontes renováveis. Seguidas pela eólica (14,8%) e a biomassa (8,4%), essas fatias representam a importância do compromisso com a valorização das energias alternativas, capazes de auxiliar no desenvolvimento responsável do país. Entre as fontes não renováveis, o gás natural responde por 9%, enquanto o petróleo e o carvão mineral somam, respectivamente, 4% e 1,75%.
Mas, embora o Brasil tenha grande potencial para a energia solar, com alta incidência de sol durante o ano todo, você já se perguntou por que essa fonte ainda não domina a matriz energética? É a partir dessa questão que iremos nos aprofundar para compreender a importância da diversificação da matriz energética no país.
A predominância da energia hidrelétrica na matriz energética brasileira não está relacionada a um único fator. Pelo contrário, ela pode ser melhor explicada por uma combinação de fatores que são históricos, geográficos e também sociais.
Fatores Geográficos
Fatores Históricos
Fatores Sociais e Políticos
Sustentabilidade
Crises Energéticas
Mesmo com a diversificação recente, especialmente com a inserção de energias renováveis como a solar e eólica, a fonte hídrica continua a ser a espinha dorsal da geração elétrica brasileira.
A energia solar foi responsável por cerca de 18,2% da nova capacidade instalada no país, e desde o início de sua implementação, evitou a emissão de milhões de toneladas de CO2, tornando-se uma das principais ferramentas para a descarbonização da economia brasileira.
Os dados mais recentes sobre a energia solar no Brasil mostram que a fonte já atingiu 47 GW de capacidade instalada em 2024, liderando a expansão da matriz elétrica nacional.
Desse total, 31,8 GW são provenientes da geração distribuída (GD), que inclui sistemas instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos, utilizados principalmente por consumidores comerciais e residenciais.
A GD tem sido um motor importante para a democratização do acesso à energia limpa, especialmente para empresas que buscam economizar e reduzir a dependência da rede elétrica tradicional.
Assim, é provável que a energia solar continue a assumir o protagonismo no crescimento da matriz energética brasileira nos próximos anos, especialmente pela combinação dos seguintes fatores:
Crescimento Sustentado
A energia solar tem sido a fonte que mais cresce na matriz energética do Brasil nos últimos anos. Em 2024, ela já lidera a expansão, com mais da metade da nova capacidade instalada no país vinda de usinas fotovoltaicas.
Incentivos Regulatórios
O governo e a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) têm oferecido incentivos fiscais e políticas que favorecem a instalação de sistemas de geração distribuída (GD), o que facilita a adoção de energia solar por consumidores residenciais e empresariais. Esse apoio deve se manter ou até se intensificar nos próximos anos.
Sustentabilidade e Descarbonização
Com a crescente pressão global por sustentabilidade e redução de emissões de carbono, o Brasil tem metas de descarbonização que dependem da ampliação das fontes renováveis. A energia solar é uma solução chave para reduzir a dependência de fontes fósseis e hidrelétricas, principalmente em períodos de seca.
Demanda Crescente de Empresas e Residências
Cada vez mais, empresas e consumidores buscam a redução de custos e maior independência energética. A energia solar permite maior previsibilidade no orçamento, já que a energia gerada é livre das oscilações tarifárias, como bandeiras vermelhas.
Potencial Inexplorado
Apesar do crescimento, o Brasil ainda tem um enorme potencial inexplorado para a energia solar. Dados mostram que o país tem um dos maiores índices de irradiação solar do mundo, o que torna a expansão dessa fonte extremamente viável e economicamente atrativa.
Esses fatores, aliados à contínua queda no preço da tecnologia e ao crescente interesse de investidores, indicam que a energia solar deve continuar liderando o crescimento da matriz energética brasileira nos próximos anos.
Caminhos para a transição energética
Em 2024, o Brasil alcançou uma capacidade instalada de 200 GW de geração elétrica, dos quais 84,25% vêm de fontes renováveis. Esse cenário reflete o protagonismo do Brasil na transição para fontes de energia mais limpas, algo essencial tanto para o desenvolvimento sustentável quanto para a segurança energética do país.
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