As condições favoráveis à produção de energia elétrica permitiram a redução de contas de luz no mercado cativo em 7,69% entre janeiro e julho. Caso os níveis dos reservatórios persistam com as chuvas, será possível manter desligadas as térmicas com custo acima de R$ 211 por megawatt hora (MWh). Assim, a energia residencial continuará embutindo em seu custo a deflação de cerca de 7% até o fim do ano, de forma que seja pouco provável que a bandeira tarifária amarela volte a ser cobrada nas contas de luz.
Os principais fatores que serão analisados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na análise sobre uma possível aplicação da ‘bandeira amarela’ na conta de luz são o baixo volume dos reservatórios das regiões Norte e Nordeste, aliado ao baixo volume de chuva previsto para os próximos meses, e o aumento do consumo de energia no segundo semestre.
Além da previsão de maior consumo, os níveis dos reservatórios das hidrelétricas do Nordeste e do Norte continuam muito baixos, em 22,12% e 52,28%, respectivamente. As estimativas do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para as vazões em agosto indicam 72% da média histórica, ajudando a reduzir os reservatórios.
A cautela em relação ao Nordeste também marcou a última reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). A expectativa do ONS, apresentada no encontro, aponta que a hidrelétrica de Sobradinho (BA), da Chesf, pode chegar ao fim de novembro com apenas 2% da capacidade de armazenamento.
O ONS elevou em 3,2% a previsão de carga de energia (consumo mais perdas) em 2016, de 64.573 megawatts (MW) médios para 66.645 MW médios. O ajuste fez parte da segunda revisão quadrimestral do Planejamento Anual da Operação Energética (PEN) de 2016 a 2020, feita em conjunto pelo órgão com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A revisão era prevista para setembro, mas foi antecipada pelas instituições.
Neste momento está em vigor a bandeira verde. Passar para a bandeira amarela elevaria o custo da energia em R$ 1,50 a cada 100 KWh consumidos.
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