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Preço da energia deve subir graças à seca

Preço de energia

Graças a pior seca da história, os reservatórios das hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste terminam o período de chuvas com o menor nível desde 2015. A expectativa é de que os consumidores precisem pagar mais pelo custo adicional de geração por térmicas até o fim do ano.

Especialistas do setor elétrico avaliam que, não fosse a queda de demanda provocada pela pandemia, o País correria risco de racionamento. Alertam também para o risco de que a oferta de energia atrase a retomada econômica do País.

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) autorizou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a utilizar os recursos disponíveis para poupar água nos reservatórios das hidrelétricas.

Desde 2015, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) utiliza o sistema de bandeiras para antecipar parte dos custos das térmicas. Em maio deste ano já foi acionada a bandeira vermelha nível 1, que acrescenta R$ 4,17 para cada 100 kWh consumidos. Os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste fecharam esta segunda ? com 33,7% de sua capacidade de armazenamento de energia.

O impacto pode ser ainda maior sobre os consumidores caso a Aneel siga com a proposta para aumentar os valores das bandeiras vermelhas para R$ 4,60 e R$ 7,57.  As bandeiras antecipam o custo das termoelétricas e sinalizam aos consumidores que a energia é escassa.

Além da falta de chuvas, especialistas dizem que o cenário atual reflete também falta de investimentos em fontes menos dependentes de condições meteorológicas, como as s térmicas a gás e energias de fontes renováveis de geração distribuída.

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