Deve haver uma melhora nos níveis dos reservatórios das hidrelétricas em novembro. É o que aponta o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que prevê afluências acima da média no subsistema Sudeste/Centro-Oeste.
Na atualização do boletim do programa mensal de operação, divulgado na última semana de outubro, a energia natural afluente (quantidade de água que chega às usinas hidrelétricas, em unidade de energia) para o Sudeste/Centro-Oeste deve ser de 106% da média de longo termo no mês. A partir dessa informação, o ONS prevê que o nível dos reservatórios na região chegará ao final de novembro com 0,7% a mais dos atuais 18%.
Na região Norte, o órgão prevê que a elevação da energia natural afluente deverá alcançar 155% da média de logo termo. Desta forma, reservatórios na região devem encerrar novembro com um nível de 35,7% de capacidade.
No Nordeste, o resultado previsto é menos animador. Estimada em 76% da média para longo termo, a afluência deve ficar abaixo da média em novembro, levando os reservatórios a 35,9% da capacidade. No Sul, o período deve ser encerrado com cerca de 45,6% da capacidade nos reservatórios, com afluência de 64% da média de longo termo.
Segundo as previsões do ONS, o Sistema Interligado Nacional (SIN) chegará a 70.690 megawatts (MW) médios em novembro, alta de 1,4% em relação a igual mês em 2020.
Consumo de energia
Em relação às projeções de demanda, o ONS considerou a permanência do setor industrial em modo de expansão e a indicação de temperaturas amenas em Florianópolis, Curitiba e São Paulo, e mais elevadas em Porto Alegre, Rio de Janeiro e nas capitais dos subsistemas Nordeste e Norte no início de novembro.
Algumas capitais do Sudeste/Centro-Oeste e Norte tinham previsão de chuva para a primeira semana de novembro e isso foi considerado nos cálculos.
O ONS prevê uma elevação na região Nordeste que deve registrar uma carga de 12.243 MW médios em novembro, alta de 5,2% na comparação anual. O Norte deve registrar demanda de 6.148 MW médios, aumento de 5,1% na comparação com novembro de 2020. Na região Sul, a projeção é de uma demanda de 12.349 MW médios, crescimento de 1,3%; enquanto no Sudeste/Centro-Oeste deve haver diminuição e a carga deverá ficar em 39.950 MW médios, diminuição de 0,3% na comparação anual.
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